CIDH: alto índice de violência contra defensores de direitos humanos nos primeiros quatro meses de 2022, é urgente que os Estados protejam a vida e o trabalho
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) expressa sua preocupação com a violência, intimidação e criminalização de defensores de direitos humanos registrados durante os primeiros quatro meses do ano na região e insta os Estados a garantir um ambiente favorável e seguro para a defesa dos direitos humanos.
A CIDH alerta que a região continua sendo uma das mais perigosas para realizar o trabalho de defesa dos direitos humanos no mundo. Durante os primeiros quatro meses de 2022, observa-se um alto número de assassinatos de defensores de direitos humanos em vários países da região, bem como ameaças, ataques, perseguições e processos de criminalização por seu trabalho legítimo de defesa.
Segundo informações, no Brasil, pelo menos 5 defensores de direitos humanos foram mortos. No dia 17 de fevereiro, os corpos sem vida de Ilma Rodrigues dos Santos, da Liga dos Camponeses Pobres – LCP, e seu marido Edson Lima Rodrigues, foram encontrados no município de Porto Velho, Rondônia. Em 10 de fevereiro, foi registrado o assassinato de Jonatas de Oliveira dos Santos, de nove anos, supostamente em represália ao pai, o líder comunitário Geovane da Silva Santos, ferido, no município de Barreiros, Pernambuco. No dia 16 de janeiro, Gabriel de Souza Araujo, LGBTI, militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi encontrado morto no município de Nova Venécia, Espírito Santo. Anteriormente, a CIDH condenou o assassinato do ambientalista José Gomes, de sua esposa Márcia e da filha menor, Joene, na região de São Félix do Xingu, no Pará, e do defensor da terra, José Francisco Lopes Rodrigues, na comunidade do Cedro, em Arari, no Maranhão.
https://www.oas.org/es/CIDH/jsForm/?File=/es/cidh/prensa/comunicados/2022/114.asp